Na indústria química, cada vez mais, ouvimos sobre os aditivos verdes. Mas, na realidade, para ser um aditivo verde, não basta que ele seja mais perigoso para a saúde e para o meio ambiente.
Isso porque, é preciso que todo o ciclo desse aditivo seja estudado. Em primeiro lugar é necessário analisar sua origem, como ele foi produzido, seu manuseio e até mesmo como foi transportado.
Depois disso, ainda é necessário examinar como sua vida útil será prolongada, se tratando de redução de resíduos, até mesmo na reutilização e na reciclagem.
Isso tudo acontece, de acordo com as novas necessidades dos clientes. A busca por produtos mais inteligentes e funcionais e ao mesmo tempo mais engajadas com o meio ambiente, por exemplo, fazem com que aditivos verdes ajudem a criar produtos que diminuam as emissões de gases de efeito estufa.
Em seguida podemos citar, nos processos produtivos, os pigmentos brancos que têm menos carbono em sua produção, bem como os aditivos de proteção UV que são capazes de prolongar a vida útil de produtos como as tintas e ainda reduzir a geração de resíduos.
Conheça alguns aditivos verdes
Alguns aditivos verdes conhecidos são os:
- PTFE – Politetrafluoretileno que tem baixo teor de PFOA (Ácido Perfluorooctanóico;
- Retardantes de chamas não halogenados;
- Biopolímeros reológicos.
Os retardantes de chamas, por exemplo, são usados para formular tintas e revestimentos, que quando expostos ao calor, formam uma barreira com baixa emissão de fumaça. Esse tipo de comportamento protege a estrutura e ainda é vital em caso de incêndio.
Esses tipos de aditivos verdes, são desenvolvidos para clientes com perfis inovadores e que buscam soluções sustentáveis.
No caso do PTFE, por exemplo, eles conferem resistência a risco de deslizamento.
Levando em conta que esse aditivo contém uma parcela residual de ácido perfluorooctanóico, muitas indústrias tem diminuído essa parcela a ponto de que, ela seja praticamente indetectável, nesses casos, abaixo de 25ppb (partes por bilhão), deixando o aditivo em conformidade, sendo bem recomendado pelos órgãos reguladores.
Os biopolímeros controlam a viscosidade e estabilizam sistemas aquosos. Por ser atóxico, eles são muito usados para produtos infantis e artísticos. Eles têm ótimas propriedades e alta eficácia com baixa dosagem.
Em conclusão, é preciso crescer à medida que o mercado se torna mais consciente e possuir um portfólio “verde” em seus produtos é um diferencial do ponto de vista do consumidor, além de agregar valor à marca e servir de diferencial entre os concorrentes.
Quais as diferenças entre a economia linear e a circular?
Você sabia que há uma estimativa de que as atividades humanas tenham causado cerca de 1,0ºC a mais de aquecimento global acima dos níveis industriais?
Essa estimativa está de acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que é um órgão da ONU responsável por produzir informações científicas.
Isso se dá, por exemplo, com a necessidade da queima de combustíveis fósseis para gerar energia, atividades urbanas e uso do solo, além do descarte de resíduos e desmatamento. Tudo isso potencializa drasticamente as mudanças do clima.
Pensando nisso, é indispensável que as empresas que têm um impacto poluidor em potencial acabem adotando uma postura diferente.
Como funciona a economia linear?
Pensando nesse cenário, o modelo base linear, consiste em:
Extrair – Utilizar – Descartar.
Esse modelo deixou de ser eficiente para as atividades industriais, uma vez que nos próximos anos os recursos no planeta iam se esgotar.
Pensando nisso, como boa parte das matérias-primas utilizadas vem da natureza, as instituições estatais pensaram em novas formas de consumo, onde poderiam inserir o reaproveitamento na cadeia de produção, dando origem à economia circular.
Quais as diferenças entre as economias linear e circular?
Antes de pensar em novas estratégias para negócios que estejam alinhados às limitações do ambiente, é preciso entender como as economias se diferenciam.
Em primeiro lugar, a economia linear atua se baseando na extração crescente de recursos naturais, onde os produtos feitos a partir dessas matérias, são utilizados até se tornarem resíduos, sem iniciativas de reaproveitamento.
Pensando nisso, os limites ambientais, com certeza seriam drasticamente atingidos, por isso, a necessidade de aperfeiçoar o sistema econômico, pensando em um relacionamento com os recursos naturais e sua utilização pela sociedade.
Em seguida, surge a economia circular, que traz com ela uma proposta de adição e retenção de valores na busca por alinhar a produtividade com consumo, sem esgotar as matérias-primas.
Além disso, ainda é possível limitar a poluição ao meio ambiente. Esse modelo econômico, é pautado em repensar o modo de produção e comercialização de produtos que vai garantir o uso e a recuperação inteligente dos recursos.
Economia linear e circular – quais seus impactos?
As duas economias têm suas consequências, não somente para o meio ambiente, mas para o próprio negócio. Uma pode resultar em impactos com mais vantagens do que outra.
Compare os dois modelos:
- Economia linear – essa economia tem a limitação de recursos naturais, o que pode acarretar em escassez de matéria. Além disso, ainda temos que pensar na redução da vida útil dos resíduos, que na economia linear, são destinados a aterros, sem iniciativa de reuso.
Em seguida, nesse mesmo processo, o caminho para desenvolvimento sustentável é reverso, uma vez que os impactos ambientais são desconsiderados.
Outra característica é que empresas que usam a economia linear acabam perdendo credibilidade em um mercado sustentável crescente.
- Economia circular – essa economia conta com redução de custos, já que incorpora o reaproveitamento de forma circular, reduzindo custos que seriam direcionados à aquisição de novos recursos.
Em segundo lugar, esse tipo de economia abrange a lei, e as empresas que tiverem esse modelo, atenderão a norma que é referência para gerir resíduos sólidos. E por fim, a empresa ainda ganha credibilidade no mercado crescente.
Sendo assim, é essencial optar por uma nova economia, aquela que atende o mercado crescente sustentável.